domingo, 20 de janeiro de 2008

são as cores da estação

a menina se programa desde cedo. faz duas tranças no cabelo e sai a sorrir. no caminho do seu destino, pega uma flor e a coloca atrás da orelha, brincar com o cachorro da senhora que passeia pelo parque e olha as horas. já são 5:30 da tarde. recolhe mais algumas flores e vai sentar no murinho de que tanto gosta. olha fixamente para o céu. segura suas flores como uma noiva apreensiva e já não sorri como antes. e quem passa, vê as cores do verão diferente. as cores mais bonitas e estranhas nos seus olhos. nos olhos da menina do sorriso sincero, que expulsa uma mistura de sentimentos em cada batida do seu coração. quais são essas cores que fazem contemplar nos olhos da menina a beleza do maior sentimento que pudera sentir? traz para dentro de si um desejo que entorpece e faz delirar. balbucia palavras que não conhece para vê se alguém presta atenção na sua estranha felicidade. ninguém ouve, ninguém vê. as coisas, apenas, acontecem.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

fechei meus olhos para evitar que o amanhã chegasse.
contei verdades às avessas, com esperanças travessas.
eu vivi. senti. tudo para não acreditar no amanhã.
para que não pudesse duvidar do amanhã. só no amanhã.
porque eu acreditei no hoje. no sorriso. nos olhos. nos outros.
agora abro os olhos para a esperança. para acreditar em mim. nas minhas vontades.
na melhora e piora. para acreditar na vida.

domingo, 18 de novembro de 2007

aonde chegar?

se fosse por qualquer caminho teria certeza que iria obter triunfo. ganharia, embora sem gloria, um resultado positivo e foi, exatamente, por esse fato que optei pela trajetória mais longa, a qual poderia alcançar o sonhos dos outros e, principalmente, o meu.

e agora? estou aqui calculando os dias em que estive pensando em desistir. valeu a pena? só o meu consciente para saber o quanto pude desenvolver a capacidade que eu possuía e estava escondida. aprendi o que é lutar, persistir em um sonho. e nada vai apagar isso de mim. só o meu consciente para saber o quanto pude desenvolver a capacidade que eu possuía e estava escondida.

escondida por causa dos meus medos e receios, os quais muitas pessoas desdenharam e fizeram pouco caso. acredito que tornei-me uma pessoa melhor, diante todas as situações que foram impostas ao meu cotidiano. "mesmo tendo sido ruim, foi bom" diz meu pai. e não é a toa que eu estou satisfeita de ter chegado aqui: cansada, porém feliz.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

ando longe.

farta estou eu, dos dias que não mudam, e doente dos meu medos. ando enjoada das minhas angustias.
vivo numa monotonia musical, onde o existe o inferno astral e nada atrai os bons pensamentos.
a ventania da positividade, agora, sopra nas redondezas do abismo.
onde estará a pureza do seu circo, o sorriso sincero de um menino e a cantoria alegre do carnaval?

onde estará a fonte de água doce, que renova o querer de viver?
onde estará?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

entrara no ônibus sem reparar em ninguém. tratou o cobrador como um nada e seguiu em frente, como se estivesse sozinha. sozinha no meio de tanta gente? estranho, mas conseguia sentir-se assim, já que se perdia ouvindo suas músicas preferidas em seu mp3. ouviu uma certa canção que fez lembrar um certo alguém e ficara pensando como a vida coloca as pessoas em caminhos opostos e ainda deixa uma incógnita em relação ao futuro: será que as pessoas que já estiveram juntas um dia ainda podem se reencontrar?

um casal, agora, tomara sua atenção. já eram vividos de primaveras, entretanto se olhavam como novatos no ramo do amor. será que ainda existe amor puro e sensível como este? ou será que as pessoas fingem viver com o clima de felicidade primaveril, só para provar que são capazes de encontrar a felicidade?

sem querer, fechara os olhos, pensara no futuro, de novo. como deseja sentir o calor do verão. qualquer que fosse o momento, sabia que quando os olhos abrissem-se haveria perdido o seu ponto. e bingo!



acordara do seu sonho e lembrara de um fato: ainda estavam no inverno.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

estive compromissada em cada segundo dos meus dias.
morri e revivi para recomeçar. acreditar no meu potencial e nas coisas quer gostaria de fazer.

comecei enumerando, em minha mente, pensamentos infantis que não quero perder nunca mais.
pulei, rapidamente, para desejos esquecidos e decidi transformá-los em feitos em minha vida.
cortei franja, que desejara desde criança e pude fazê-lo graças aos químicos. andei pesquisando preços de cursos de pára-quedismo e me informei sobre bungee jump .
vi um outdoor sobre yoga.
mandei um e-mail para uma escola de dança e enquanto não obtenho alguma resposta concreta, ouço chico buarque e danço de olhos fechados para reviver 10 anos da minha existência. vi várias fotos e senti vontade de pedir desculpas para várias pessoas. já havia pedido para algumas, mas ainda assim queria fortificar algumas dessas minhas palavras. fiz planos de comprar roupas novas, me inscrevi no vestibular e fiquei apreensiva.
chorei para ninguém saber e resolvi ser eu em todas as hipóteses. ou pelo menos na maioria.
me olhei no espelho e não me aceitei. preciso entrar na academia.
ando programando minhas férias e as milhares de vezes que quero abraçar meus amigos.
e para o tempo curto que tenho, finalizei meus pensamentos pedindo paz para meu coração.
ainda que seja um bicho estranho, sinto o gosto amargo de cada decepção.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007




ando marcando os dias na minha cabeça,
na esperança de que você nunca esqueça.
onde todo sentimento flecha com uma lança.
meu coração já não enxerga as lembranças.

ando tão distraída com meus desejos.
perdendo meu tempo; escolhendo meus medos.
que me perseguem, como o pior segredo.
rodeando-me, como os seus beijos.

ando pra lá, sigo por cá.
eu aqui, minha mente lá.
você ai, e eu? acolá.