segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

fechei meus olhos para evitar que o amanhã chegasse.
contei verdades às avessas, com esperanças travessas.
eu vivi. senti. tudo para não acreditar no amanhã.
para que não pudesse duvidar do amanhã. só no amanhã.
porque eu acreditei no hoje. no sorriso. nos olhos. nos outros.
agora abro os olhos para a esperança. para acreditar em mim. nas minhas vontades.
na melhora e piora. para acreditar na vida.

domingo, 18 de novembro de 2007

aonde chegar?

se fosse por qualquer caminho teria certeza que iria obter triunfo. ganharia, embora sem gloria, um resultado positivo e foi, exatamente, por esse fato que optei pela trajetória mais longa, a qual poderia alcançar o sonhos dos outros e, principalmente, o meu.

e agora? estou aqui calculando os dias em que estive pensando em desistir. valeu a pena? só o meu consciente para saber o quanto pude desenvolver a capacidade que eu possuía e estava escondida. aprendi o que é lutar, persistir em um sonho. e nada vai apagar isso de mim. só o meu consciente para saber o quanto pude desenvolver a capacidade que eu possuía e estava escondida.

escondida por causa dos meus medos e receios, os quais muitas pessoas desdenharam e fizeram pouco caso. acredito que tornei-me uma pessoa melhor, diante todas as situações que foram impostas ao meu cotidiano. "mesmo tendo sido ruim, foi bom" diz meu pai. e não é a toa que eu estou satisfeita de ter chegado aqui: cansada, porém feliz.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

ando longe.

farta estou eu, dos dias que não mudam, e doente dos meu medos. ando enjoada das minhas angustias.
vivo numa monotonia musical, onde o existe o inferno astral e nada atrai os bons pensamentos.
a ventania da positividade, agora, sopra nas redondezas do abismo.
onde estará a pureza do seu circo, o sorriso sincero de um menino e a cantoria alegre do carnaval?

onde estará a fonte de água doce, que renova o querer de viver?
onde estará?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

entrara no ônibus sem reparar em ninguém. tratou o cobrador como um nada e seguiu em frente, como se estivesse sozinha. sozinha no meio de tanta gente? estranho, mas conseguia sentir-se assim, já que se perdia ouvindo suas músicas preferidas em seu mp3. ouviu uma certa canção que fez lembrar um certo alguém e ficara pensando como a vida coloca as pessoas em caminhos opostos e ainda deixa uma incógnita em relação ao futuro: será que as pessoas que já estiveram juntas um dia ainda podem se reencontrar?

um casal, agora, tomara sua atenção. já eram vividos de primaveras, entretanto se olhavam como novatos no ramo do amor. será que ainda existe amor puro e sensível como este? ou será que as pessoas fingem viver com o clima de felicidade primaveril, só para provar que são capazes de encontrar a felicidade?

sem querer, fechara os olhos, pensara no futuro, de novo. como deseja sentir o calor do verão. qualquer que fosse o momento, sabia que quando os olhos abrissem-se haveria perdido o seu ponto. e bingo!



acordara do seu sonho e lembrara de um fato: ainda estavam no inverno.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

estive compromissada em cada segundo dos meus dias.
morri e revivi para recomeçar. acreditar no meu potencial e nas coisas quer gostaria de fazer.

comecei enumerando, em minha mente, pensamentos infantis que não quero perder nunca mais.
pulei, rapidamente, para desejos esquecidos e decidi transformá-los em feitos em minha vida.
cortei franja, que desejara desde criança e pude fazê-lo graças aos químicos. andei pesquisando preços de cursos de pára-quedismo e me informei sobre bungee jump .
vi um outdoor sobre yoga.
mandei um e-mail para uma escola de dança e enquanto não obtenho alguma resposta concreta, ouço chico buarque e danço de olhos fechados para reviver 10 anos da minha existência. vi várias fotos e senti vontade de pedir desculpas para várias pessoas. já havia pedido para algumas, mas ainda assim queria fortificar algumas dessas minhas palavras. fiz planos de comprar roupas novas, me inscrevi no vestibular e fiquei apreensiva.
chorei para ninguém saber e resolvi ser eu em todas as hipóteses. ou pelo menos na maioria.
me olhei no espelho e não me aceitei. preciso entrar na academia.
ando programando minhas férias e as milhares de vezes que quero abraçar meus amigos.
e para o tempo curto que tenho, finalizei meus pensamentos pedindo paz para meu coração.
ainda que seja um bicho estranho, sinto o gosto amargo de cada decepção.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007




ando marcando os dias na minha cabeça,
na esperança de que você nunca esqueça.
onde todo sentimento flecha com uma lança.
meu coração já não enxerga as lembranças.

ando tão distraída com meus desejos.
perdendo meu tempo; escolhendo meus medos.
que me perseguem, como o pior segredo.
rodeando-me, como os seus beijos.

ando pra lá, sigo por cá.
eu aqui, minha mente lá.
você ai, e eu? acolá.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

só meu

vivo em algum mundo, onde as pessoas são elas mesmas.
onde não acreditam que a diferença exista.
todos somos iguais.
todos somos um. um que representa a felicidade. a dor. e o amor.
esse um que não desrespeita seus pensamentos com silêncio.
não engole palavras por medo.
sente pena e compaixão. ainda acredita na mudança e no perdão.
vivo num mundo só meu. que a minha educação escolheu.
e isso, ninguém vai tirar de mim, porque eu escolhi e esse ele é só meu.

domingo, 19 de agosto de 2007

semana atípica

de todo tempo que passou, não consegui divertir-me ou admitir que era feliz.
de tantas horas, tantas pessoas, dei um 'up' na minha semana:

comecei um domingo com risadas. a primeira visão da segunda-feira foi um arco-íris. a felicidade da terça foram as certeza cultivadas. o combinado da quarta foi o fim-de-semana. a seriedade da quinta-feira foi uma conversa. a diferença da sexta foi um banho de chuva. e a resultado de sábado foram amigos.

mas a certeza da semana foi acreditar que 'o bom da vida é a gente ser feliz' .

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

meu plano.

meu plano era não olhar pra trás, fingir que o que me atormentara não voltaria mais.
era sair pela rua, ver o pôr-do-sol.
meu plano era não me magoar pelo tempo em que não houvesse alegria.
era sair e ficar feliz só porque havia acordado mais um dia.
meu plano era não ter planos.
sonhar e obter encantos.

domingo, 29 de julho de 2007

doce.

o mundo a girar. as pernas balançam.
os braços levantam.
a música bate. as pessoas gritam.
e nada fica.
a sensação que sobressalta.
a música acelera. o coração desespera.
o mundo não para.
a cabeça bate.
e no final da música a explosão abate.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

e agora?

e quando a gente sente a lágrima escorrendo.
não pode evitar o pensamento: ainda esta doendo.
só de pensar que amanhã o sorriso seu não vai transcender,
não vai mais existir o eu e você.
esta doendo.
talvez você voe alto e com a dor eu ainda alcance você,
só para saber se ainda dá tempo de ficar contigo.
eu não quero mais um abrigo, eu só quero você.







[tudo bem. não perdi ninguém e ia deixar a minha dor, como a de todo mundo, passar. entretanto, vi as fotos de algumas pessoas que faleceram no acidente e perdi lágrimas. vi foto da grávida, de um menino que deixou sua família e namorada e até de uma aeromoça que já havia perdido alguém em um acidente. aqui fica a minha dor e os meus pêsames.]

quarta-feira, 18 de julho de 2007

quando?

quando a dor transforma a perda, nasce o orgulho.
e quando a hora essa chega, vale a pena procurar um lugar seguro.
e quando você não sabe onde vai, qualquer caminho te leva a certeza. ou incerteza.






[a certeza de que um dia tudo passa. a incerteza de não saber quando tudo passará.]

domingo, 8 de julho de 2007

já é de tardezinha e estou aqui na janela vendo as senhoras indo tomar seu chá das 5.
de fundo, se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios se repete em doses musicadas deixando um romantismo no ar. fico só esperando você passar para eu me encantar mais. como desejo os seus abraços, meu querido. você já deveria saber: o meu carinho, é seu. o meu amor é, sim, todo seu. sai da janela rapidamente para certificar-me no espelho e ter a certeza de que hoje se tornará eterno e você olhará nos meus olhos e se perderá, como, quando eu me perdi nos seus olhos verdes e brilhantes. debrucei-me, de novo, na janela. lá as senhoras já distanciaram-se e a longa noite vem se aproximando nesse pequeno dia de inverno. olho no relógio, não vejo você passar. até o ar melancólico passara despercebido junto com as horas. e faço-me uma pergunta: não poderei saborear o ar da sua presença? sento-me, agarrada na parede, como quem precisa de carinho. você não passou. e agora só me resta esperar o dia em que irei te ganhar.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

quem sou eu?

dizem que pela impressão sou metida e por segunda sou desinibida.
para meu pai sou uma criança índia. para minha mãe uma menina que não vacila.
para conhecidos sou apenas um menina e para amigos uma pessoa querida.
mas o que ninguém sabe é que, eu sou uma pessoa escondida.
não faço do meus sorrisos as minhas verdades. muitas vezes, ainda sou fingida.

para meu silêncio, sou rainha.
para minhas palavras sou madrinha.
ainda faço das minhas mentiras as minhas verdades,
mesmo que ainda possa esquecer o que me faz sentir a vontade.

dizem que sou misteriosa,
mas ainda não sabem que eu não sou nem um pouco piedosa.
falam que eu sou imoral,
mas não sabem que eu me livro de todo o mal.
traficam que eu seja bem vivida,
mas esquecem que careta não tem vida.
especulam que traiu os meus sonhos,
mas, na verdade, ninguém sabe o que se passa debaixo dos panos.

e eu falo o que?
eu falo que sou o que eu não queria ser.

terça-feira, 12 de junho de 2007

welcome to valentine's day

eu, simplesmente, abomino dia dos namorados. me faz sentir sozinha. sem alma. sem amor. com um coração inteiro, sem ter com quem dividi-lo. fico enciumada das flores vermelhas enviadas pelos enamorados. sinto dor pelos sorrisos cheios de felicidades lançados no tempo. fico desiludida da vida com o ar de paz que os amantes transmitem. esse tal dia, que me faz querer receber um abraço de alguém com juras de amor sussurradas no ouvido.

mas por outro lado, amanhã já é dia de continuar a rotina, esquecer dos sentimentos de desilusão. e por mais incrível que pareça, é assim que procedi. amanhã já não me sinto sozinha. fico completa com todos os meus bons dias. fico feliz com nenhuma alegria. transmito paz como qualquer enamorado, mesmo sendo uma marinheira desacompanhada.











[e por fim, é por causa desse dia que eu, ainda, acredito que meu coração não é tão gelado quanto parece]

quinta-feira, 7 de junho de 2007

as estrelas vão me guiar...

quando não tinha amor, olhei para o céu e busquei-o.
busquei abraços para uma apaixonada. suspiros para uma entusiasmada.
quando não tinha um sorriso pra me alegrar, olhei para o céu e busquei-o.
busquei olhares para uma inspiradora. beijos para uma louca.
quando eu não sabia que caminho devia seguir, olhei para o céu e busquei-o.

busquei respostas para uma questionadora. futuro para uma sonhadora.





e as estrelas dão um sinal: ainda há tempo para alcançar seus sonhos, suas metas. não precisa de sorte. lute por todo almejado e desejado sonho, que por mais que seja expressado em tons pessimistas, no final a recompensa será valiosa.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

estou em crise de pensamentos.
talvez a monotonia da rotina tenha, realmente, tomado posse do meu ser. quando deito para dormir, as palavras se embaralham. não sei quem sou. o que vim fazer. o que vim te dizer.

queria escrever sobre meus sonhos. não consigo. sobre minhas dores e amores. mas eu, não consigo.
tenho ódio acumulado no meu coração. o amor não flui. parei no tempo para respirar. estou sufocada das vontades alheias e na falta das minhas. estou receosa pelos dias que virão. não sei o que será das tardes chuvosas sentada na varanda. ouço músicas para acalmar minhas falhas. tenho dias sem sorrir de mim para mim. a maré boa se foi e só me resta esperar, calmamente, que a tempestade abaixe para retornar ao lugar.

terça-feira, 22 de maio de 2007

ahh...

depois de um sábado conturbado, a melhor coisa que fiz foi puxar o colchão de visitas, que estava arrumado até, posicionar o travesseiro ao meu modo, colocar o som no máximo de altura e ouvir aquele estilo que me faz bem. viajar nos meus pensamentos, como sempre, criar planos e enfrentar mudanças minhas. analisei algumas decisões e acabei cochilando e sonhando com a música que estava a ouvir. acordei cantarolando um xotezinho de tirar o fôlego e com pensamentos nostálgicos. levantei do colchão, onde havia deixado toda minha indolência, para andar de um lado ao outro da casa à procura do que fazer. tudo bem que tinha muitas coisas, mas nada me interessava tanto quanto lembrar, com o coração apertado, de tudo que se eternizara no passado. foi ai que me dei conta que a vida está a passar rápido e que sou apenas clandestino explorando o outro lado da moeda.

domingo, 13 de maio de 2007

haja tempo.

é estranho. existem dias que a gente acorda só para pensar qual caminho as pessoas resolveram seguir. são inúmeras pessoas que passam pelas nossas vidas, mas apenas algumas permanecem por um determinado tempo. esse tempo é, talvez, essencial para aprendermos o devido valor de um ser humano e dos sentimentos do mesmo.

uma grande parte da minha vida fiquei em standy by sem saber a trilha que deveria seguir e quem seriam as pessoas indispensáveis para essa jornada. foram tantas decepções. tantos sonhos jogados ao vento. e uma certeza. as pessoas, sempre, vão nos magoar, mas cabe a nós seres não perfeitos, perdoarmos cada vírgula errada.

foram mudanças. viagens. namorados. foram brigas. silêncio. tempo.
cada um que desuniu o elo que, normalmente, pode ser chamado de amizade, teve seu real ou irreal intuito para tal. motivo esse que também pertence a quem sofreu alguma injustiça dentro dessa relação, para fornecer o perdão.

e hoje eu, pensando com uma mente mais evoluída que ontem, acredito que pequenas são as pessoas que não sabem perdoar. eu, humana, já errei e já pedi desculpas. mas eu, ainda humana, espero que algumas pessoas, em mínimas palavras, peçam o perdão.

são ilusões da vida de uma sonhadora. mas uma coisa é certa. qualquer caminho que eu seguir, vou levar comigo toda a felicidade e decepção quem alguém pode me proporcionar. e ainda agradecerei pelo momento que permaneceu assiduamente na minha vida.

domingo, 6 de maio de 2007

"ave maria..."

na rua tem sorrisos. tem abraços, olhares e desconfiança. tem atropelos, desgraças e até crianças.
pedintes, drogas, fantasias. tem assaltos. tem felicidade. tem até um homem vestido com a blusa do bahia. tem criança brincando nos prédios. velhinhos sentados nas varandas. adultos indo trabalhar e gente que só faz reclamar. na rua tem gente dormindo no chão, pedindo esmola e até um pão. tem gente chata. gente estranha. gente que chama atenção. tem 'psiu', amoladores de facas. tem lojas cheias. tem pessoas sem roupas e até pessoas que usam a blusa do time que veio a ser o rival do time do país. continua possuindo crianças. crianças que deviam ser símbolo de esperança. elas estão rindo. elas não tem casa. ou até têm. tem dor na rua, meu deus. tem sofrimento reprimido em cada esquina. tem gente que se lamenta por não ter consumido tanto em apenas um dia. mas tem gente que esquece que ali debaixo do papelão dorme uma menina.
na rua tem homem, mulher. tem pensadores. tem gente andando devagar. gente que corre para não tardar. tem pessoas correndo atrás de um objetivo. mesmo que seja o pior possível. tem cheiro de mijo. sujeira e rancor. tem mais ódio do que amor. tem feitiçaria. pessoas deixando se vender. gente fazendo sexo sem querer. tem falta de dinheiro. tem música alta. tem... eu. que sentada atrás de um carro, não conseguindo evitar o pensamento de que as pessoas reclamam demais da vida. tendo uma vida, apesar de pouco rebuscada. e que ao passar por cada esquina senti algo diferente. vejo crianças. o que deveria ser sinônimo de 'possibilidade de um mundo melhor'. elas se drogam compulsivamente. e talvez ao fim da música tenha vindo uma questão: será que o futuro vai ter guardado tanto ódio e rancor, ter cheiro de mijo e as pessoas vão se vender como nas ruas?

"nunc, et in hora mortis nostræ."

terça-feira, 24 de abril de 2007

já quis ser tanta coisa ao mesmo tempo que, as vezes, me perco nas minhas vontades e desejos.
foram tantos romances invejados que esqueci de viver os meus próprios. quis ser morena-índia, loira-branca, negra-africana. quis ser comum. feia e bonita. baixa para poder usar saltos altíssimos. quis ter outro estilo. usar aparelho nos dentes. ser modelo fotográfica. quis gostar de mim e, as vezes, não gostar tanto de mim. ser invejada e famosa. quis ser invisível e inteligente. quis ser diferente e igual a muita gente. quis dançar que nem marie camargo . ter pensamentos mirabolantes igual a einsten. ser escritora, participar de um circo, poliglota, interesseira, artista. quis roubar um coração só pra mim. ter a máquina do tempo. fazer história. ver o por do sol três vezes por semana e acordar na praia de copacabana. quis ter cabelo liso, dentes bonitos e um vestido branco. ser rica. fazer alguma coisa para ajudar o mundo. ter um apelido.



e no meio de tanta confusão acabo esquecendo que para tudo há, no mínimo, uma solução.
para questões estéticas, salão de beleza e médicos. para o coração, o amor e amigos. para inteligência, estudos. para dança, treinos. para escrever, pensar. para roupas, shopping. e para sonhar, existir.




segunda-feira, 16 de abril de 2007

"a gente nasce todo dia pra viver melhor"

rotina? acordar, arrumar-se.
pentear-se, comer, sair. trabalhar, estudar.
ações? escolhas.



em determinada época, recebi um tal e-mail que trazia um conto. o conto das escolhas, o qual não havia nome e nem autor. a mensagem desenhada em um conteúdo sutil que poderia interessar a qualquer público, pois com a facilidade da sua escrita e com uma conclusão formada mostrava que tudo na vida gira em torno de escolhas.

para viver em paz, basta fazer a escolha certa. por exemplo, na hora de acordar você tem duas opções: levantar e seguir impacientemente na espera do final do dia, onde passará com provável mal humor ou levantar e pensar que será um dia incomum e importante como todos os outros, saindo de bom humor.

para todas as escolhas, dois caminhos, sempre. e quando faz-se uma escolha coerente, só quem irá usufruir, com a totalidade, da boa experiência e da certeza de que esta um patamar mais elevado que ontem, é você.
quem fez a escolha? você. e quem ganhou/perdeu com ela? você.
você faz suas escolhas e as escolhas fazem você.

o importante é perceber que uma pequena e, aparentemente, fácil escolha pode transformar um dia cheio de objetividades em 24 horas abomináveis.

make your choice but be careful!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

se houver um ser superior, criador do céu e da terra, ele não amamentou a idéia de que as pessoas teriam de se classificar por cores, raças e pela fortuna.
entre o abismo e a vida surgi o pré-conceito racial, que já definido pelo próprio nome é um conceito formulado antecipadamente e sem fundamentos, que limita os seres não pelo caráter, mas sim pela sua cor. nasceu junto com os sentimentos de superioridade. branco mandando em preto e preto sendo submisso de branco. e esse sistema de senhor - servo ultrapassou o passado refletindo no presente e no possível futuro.





a menina olha no espelho, nua, cada detalhe do seu corpo. não entende porque todos a acham diferentes. no mundo em que vive, olham para ela com desconfiança. tratam-na como se fosse um cachorro desalmado. tentou entender porque sua cor significava tanto para a sociedade. com apenas 10 anos sente que é um ser a parte do mundo. chorava muito. lembrava de seus amigos diferente-iguais. chorava porque se sentia excluída. era excluída, ficava para o fina da fila, não era escolhida para ser bailarina principal na sua escolinha. decidira, talvez de forma medíocre, apenas aceitar e viver. apenas viver.


sábado, 7 de abril de 2007

contra o vento

a menina estava sentada no balanço com seu vestido favorito e com uma flor roxa e bonita atrás da orelha, sentia paz em todos os momentos sem saber a razão.
em cada oscilação, sentia o vento passar pelo seu pescoço, como se fosse um lenço com um tecido suave. como se fosse carinho num momento necessário. e ainda não sabia como tudo muda, de uma hora pra outra, se transformando em rosas perfumadas.
seu cabelo curto, fazia com que o transporte do vento fosse facilitado, proporcionando-lhe arrepios inesperados e sorrisos exagerados.
gostava de sorrir sem motivos. isso fazia com que os sorrisos fossem sempre mais verdadeiros.
e no meio de um sorriso e mais uma balançada, percebera o quanto era livre.

livre, que vinha da liberdade, da independência.

pensara em sair voando com sua liberdade e alcançar o topo de um prédio alto na cidade grande, já que morava no interior, para ver como as pessoas se prendiam ao mundo e dificultavam a vida procurando e seguindo caminhos complicados de encontrar a verdadeira paz e felicidade.
quando estava no auge das balançadas, gritara bem alto e sorrindo:

- a vida simples é boa.

terça-feira, 3 de abril de 2007

mas eu estou falando de amor

o amor é, talvez, a melhor das ligações. o grave elo que amansa o ego.
amor que destrói o tempo. prende-nos em momentos surreais.
maltrata quando não correspondido. e até alimenta a fome de um leão faminto.
faz-nos tocar estrelas com olhos. transcende a alma e independe do tipo de laço.

amor de amigo, amor de irmão, amor de mãe, amor de pai, amor de conhecido, amor de desconhecido...
amor de amor. amor que sufoca. amor de dor.
amor que torna motivo de existência. não liga para aparências.
amor não faz escolhas. amar apenas por amar. ou para apenas jogar.

músicas falando de amor, porquê? clichê. textos falando de amor, porquê? clichê.
por que as pessoas pensam em viver para o amor e por amor? por que amor? por que? amor?

sexta-feira, 30 de março de 2007

três dias após a morte

como tudo pode acontecer, sem "que?" nem "pra que?".
basta fechar os olhos e perceber que o tempo corre.
são ilusões de uma vida soberana. clichês de uma vida normal.

é com providências tomadas. lágrimas enxugadas.
a vida prosseguirá assim:
- com a derradeira lágrima transformada em saudades.

quarta-feira, 28 de março de 2007

a decisão

acontece sempre quando deito, vêm à mente aqueles pensamentos incomuns de que não existe forma alguma de controlá-los. pensamentos são assim. apenas independentes.


E foi desta maneira que tudo começou. numa noite fria, onde o barulho do silêncio incomodava, de olhos fechados veio a vontade de contar meus segredos. talvez a única coisa que futuramente possa valer algo. os meus pensamentos.


eles são rápidos e muitas vezes sagaz, astutos. incompreensíveis e proliferáveis. acredito, que de qualquer forma, eles sejam assim. calculam nossa dor, com violência demente. alimentam os nosso medos como presos inconseqüentes. mas e daí? que eles fossem apenas pensamentos e não princípio de ações. que eles, a forma sarcástica, não arrancassem aos poucos o que resta de mim, a minha simples decência.





meus pensamentos têm vida própria, sim.