domingo, 29 de julho de 2007

doce.

o mundo a girar. as pernas balançam.
os braços levantam.
a música bate. as pessoas gritam.
e nada fica.
a sensação que sobressalta.
a música acelera. o coração desespera.
o mundo não para.
a cabeça bate.
e no final da música a explosão abate.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

e agora?

e quando a gente sente a lágrima escorrendo.
não pode evitar o pensamento: ainda esta doendo.
só de pensar que amanhã o sorriso seu não vai transcender,
não vai mais existir o eu e você.
esta doendo.
talvez você voe alto e com a dor eu ainda alcance você,
só para saber se ainda dá tempo de ficar contigo.
eu não quero mais um abrigo, eu só quero você.







[tudo bem. não perdi ninguém e ia deixar a minha dor, como a de todo mundo, passar. entretanto, vi as fotos de algumas pessoas que faleceram no acidente e perdi lágrimas. vi foto da grávida, de um menino que deixou sua família e namorada e até de uma aeromoça que já havia perdido alguém em um acidente. aqui fica a minha dor e os meus pêsames.]

quarta-feira, 18 de julho de 2007

quando?

quando a dor transforma a perda, nasce o orgulho.
e quando a hora essa chega, vale a pena procurar um lugar seguro.
e quando você não sabe onde vai, qualquer caminho te leva a certeza. ou incerteza.






[a certeza de que um dia tudo passa. a incerteza de não saber quando tudo passará.]

domingo, 8 de julho de 2007

já é de tardezinha e estou aqui na janela vendo as senhoras indo tomar seu chá das 5.
de fundo, se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios se repete em doses musicadas deixando um romantismo no ar. fico só esperando você passar para eu me encantar mais. como desejo os seus abraços, meu querido. você já deveria saber: o meu carinho, é seu. o meu amor é, sim, todo seu. sai da janela rapidamente para certificar-me no espelho e ter a certeza de que hoje se tornará eterno e você olhará nos meus olhos e se perderá, como, quando eu me perdi nos seus olhos verdes e brilhantes. debrucei-me, de novo, na janela. lá as senhoras já distanciaram-se e a longa noite vem se aproximando nesse pequeno dia de inverno. olho no relógio, não vejo você passar. até o ar melancólico passara despercebido junto com as horas. e faço-me uma pergunta: não poderei saborear o ar da sua presença? sento-me, agarrada na parede, como quem precisa de carinho. você não passou. e agora só me resta esperar o dia em que irei te ganhar.